Tropa de Elite (2007)
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Tropa de Elite
O filme retrata
o dia-a-dia do grupo de policiais e do Capitão Nascimento (Wagner
Moura), membros do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Em
1997, Nascimento quer sair da corporação e tenta encontrar um substituto
para seu posto. Paralelamente, dois amigos de infância, que se tornaram
policiais, se destacam em seus postos; para acabar com a corrupção na
polícia, eles têm o objetivo de entrar para o Bope.
Na medida em
que os caminhos desses personagens transformam-se num único, a história
nos apresenta toda a relação de poderes que foram construídos não
somente dentro da Polícia, marcada principalmente pela corrupção, mas
também dentro das favelas cariocas e, conseqüentemente, a relação entre
policiais e traficantes.
O fato de Tropa de Elite
ser narrado por Nascimento faz com que o espectador perceba que
violência se responde com violência numa situação como esta, mas sem
julgamentos do que é certo e errado: está tudo errado e ponto final.
Não há esperanças na realidade mostrada em Tropa de Elite. O
filme passa longe do moralismo e do maniqueísmo, soluções fáceis ao se
lidar com um tema como este. A produção não pretende apontar mocinhos e
vilões; aqui, todos têm seu lado bom e ruim. Ao tratar os personagens
como humanos, com seus interesses pessoais e fraquezas, Tropa de
Elite torna-se mais real e palpável ainda ao espectador.
Ao abordar as causas e conseqüências da violência no Rio de Janeiro de
uma forma tão profunda e verdadeira, Tropa de Elite dialoga não
somente com a cidade onde se passa, mas com todo o país. A corrupção e a
falta de moral estão presentes em todas as esferas sociais; por isso, o
filme é tão essencial para que se entenda, afinal, como o Brasil parou
nesse ciclo vicioso de imoralidade e violência. |